Mês: julho 2024

Com a participação de mais de 100 pessoas, tanto presenciais quanto online, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) do Espírito Santo realizou, nesta terça-feira, a primeira reunião de apresentação do projeto Salas Marias. O encontro teve como objetivo detalhar o fluxo de acionamento da Rede de Apoio para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e esclarecer o papel dos diversos órgãos envolvidos na assistência.

O evento foi inaugurado pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Eugênio Ricas, que ressaltou a importância da integração entre as instituições para garantir um atendimento contínuo e eficaz às vítimas de violência. “As Salas Marias representam um avanço significativo no atendimento às mulheres vítimas de violência no Espírito Santo. No entanto, é fundamental que a rede de apoio esteja completamente integrada para garantir a continuidade do suporte após o atendimento na delegacia”, destacou Ricas.

A reunião também contou com a participação da secretária de Estado das Mulheres, Jacqueline Moraes, que enfatizou a relevância das Salas Marias em oferecer um ambiente seguro e humanizado para as vítimas. “O projeto representa um importante passo na integração entre a Sesp e a Secretaria Estadual das Mulheres (SESM) para combater a violência contra a mulher. A Sesp tem se destacado na humanização do atendimento, e a SESM está totalmente engajada através do Programa MulherViver+”, afirmou Jacqueline Moraes.

Desde sua implementação em abril deste ano, as Salas Marias estão em operação em todas as Delegacias Regionais da Grande Vitória. O plano da Gerência de Proteção à Mulher (GPM) da Sesp prevê a expansão para mais 13 delegacias em todo o estado até o final de 2025, incluindo cidades como Linhares, Colatina, Aracruz e Cachoeiro de Itapemirim.

Essas salas são projetadas para atender mulheres e crianças/adolescentes em situação de violência doméstica e familiar com um atendimento policial humanizado, realizado através da Central de Teleflagrante. A equipe da Central inclui três assistentes sociais que oferecem suporte às vítimas e facilitam a articulação com a rede de assistência estadual.

Em junho deste ano, a Central de Teleflagrante encaminhou 605 procedimentos para a rede de apoio psicossocial, com um retorno positivo em 526 casos, representando 87% dos atendimentos. Até o dia 23 de julho, foram encaminhados 418 procedimentos adicionais.

“A integração com os serviços municipais de assistência, como CRAS e CREAS, é crucial para a continuidade do atendimento. A busca ativa dessas vítimas pelos serviços municipais e pelos Núcleos Margaridas contribui para a elaboração de estratégias de prevenção e enfrentamento da violência”, explicou Michele Meira, delegada e gerente de Proteção à Mulher da Sesp.

O projeto Salas Marias reflete o compromisso das autoridades do Espírito Santo com a proteção e o apoio contínuo às mulheres vítimas de violência, garantindo que recebam o suporte necessário para superar as adversidades e reconstruir suas vidas.

Um estudo inovador liderado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) aponta que o café conilon (Coffea canephora) pode se adaptar às mudanças climáticas, mantendo sua produtividade e a qualidade da bebida. A pesquisa, que envolveu uma colaboração internacional com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Café) e a Universidade da Flórida, foi conduzida ao longo de cinco anos e apresenta resultados promissores para a sustentabilidade da cafeicultura.

Os pesquisadores analisaram o desempenho do café conilon em condições climáticas atípicas para a espécie, em altitudes de 620 a 720 metros no Espírito Santo, onde o café arábica, mais tradicional na região, é normalmente cultivado. As localidades estudadas incluem Venda Nova do Imigrante, Iúna e Santa Teresa, conhecidas por suas condições climáticas mais frias e altas altitudes, contrastando com os ambientes quentes e de baixa altitude onde o conilon é normalmente cultivado.

De acordo com Elaine Riva, pesquisadora do Incaper, as cultivares de conilon demonstraram notável plasticidade, o que significa que elas são capazes de se adaptar a diferentes ambientes climáticos. “Isso pode ser crucial para mitigar os impactos das mudanças climáticas na produção de café,” explica Riva.

Os resultados do estudo revelam que as plantas de conilon, mesmo sob condições adversas, apresentaram uma produtividade média elevada, atingindo 60 sacas por hectare, além de manterem uma qualidade de bebida reconhecida por análises sensoriais. Estas análises foram realizadas tanto no Centro de Cafés Especiais do Espírito Santo (Cecafes/Incaper) quanto no Laboratório de Análise e Pesquisa em Café do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Venda Nova do Imigrante.

Luis Felipe Ferrão, pesquisador da Universidade da Flórida, destaca que a pesquisa é um passo significativo para enfrentar os desafios climáticos na cafeicultura. “A necessidade de cultivares mais resistentes ao clima é evidente. O café conilon, com sua flexibilidade e diversidade, pode oferecer uma alternativa viável para a crescente demanda global de café,” afirma Ferrão.

O estudo foi financiado pelo Consórcio Pesquisa Café e envolveu a colaboração de produtores rurais em Iúna e Santa Teresa. Os resultados foram recentemente publicados na revista internacional Crop Science, reconhecida por sua relevância no campo das ciências agrárias.

Nos últimos dois anos, o vírus H5N1, conhecido como gripe aviária, tem causado surtos sem precedentes em mamíferos. Uma nova pesquisa publicada na revista – Nature – revela uma transmissão inédita do vírus entre vacas, destacando a capacidade do H5N1 de atravessar barreiras entre espécies.

O estudo, que incluiu dados epidemiológicos e genômicos, identificou o primeiro caso documentado de transmissão eficaz do vírus de vaca para vaca. Isso ocorreu após o transporte de bovinos aparentemente saudáveis para uma nova instalação em outro local dos Estados Unidos. Esse achado evidencia uma forma não tradicional de contágio e sugere que o H5N1 pode infectar espécies mamíferas com mais eficiência do que anteriormente conhecido.

Além das implicações para o setor avícola, onde a gripe aviária já tem causado graves perdas, o H5N1 também está afetando outras espécies de mamíferos. Casos foram registrados em animais domésticos e selvagens, como gatos e raposas vermelhas. A propagação do vírus alcançou até regiões polares, com mortes de um urso polar no Ártico e pinguins-gentoo na Antártida.

No início de julho, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA confirmou o primeiro caso de gripe aviária em um humano no Texas, resultante do contato com gado infectado, e não diretamente com aves. Este evento marca uma nova preocupação sobre a transmissão do H5N1, tradicionalmente associado apenas ao contato com aves infectadas.

Os casos recentes reforçam o potencial zoonótico do vírus, acendendo um alerta para a necessidade de vigilância rigorosa. Desde 2021, o CDC registrou 11 casos humanos de gripe aviária, quatro dos quais resultaram de exposição a vacas leiteiras e sete a aves.

Um ônibus que partiu de Guarapari, no Espírito Santo, sofreu problemas e parou em cima da linha férrea no bairro Barão do Retiro, em Juiz de Fora, Minas Gerais, sendo colidido por um trem. Ninguém se feriu.

O incidente ocorreu na noite de domingo (28), às 23h31, na interseção das ruas Sebastião Cardoso e Leopoldo Furtado Mendonça.

O maquinista, de 43 anos, relatou ao Corpo de Bombeiros que estava viajando de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com destino a Conselheiro Lafaiete (MG), a uma velocidade de 52 km/h. Ao se aproximar de Barão do Retiro, ele percebeu que o ônibus estava parado de forma transversal na linha férrea e viu uma pessoa tentando sinalizar para que o trem parasse.

Apesar de ter acionado os freios, o maquinista não conseguiu evitar a colisão e só conseguiu parar o trem um pouco mais adiante. O motorista do ônibus, de 69 anos, informou que o veículo parou de funcionar e não pôde ser reiniciado.

Mesmo com o ônibus parado, o motorista conseguiu acionar a campainha para alertar sobre a chegada do trem e instruiu os passageiros a desembarcar. O acidente causou danos a parte de uma passarela para pedestres. Equipes foram enviadas ao local para retirar o trem e o ônibus.

Mais informações serão divulgadas após a conclusão da apuração pelos órgãos competentes.

Após uma sequência de dias de sol e calor, os capixabas devem se preparar para mudanças no clima. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo para 36 municípios do Espírito Santo, indicando perigo potencial devido ao acúmulo de chuva. Além disso, o órgão lançou um aviso de queda de temperatura para o Sul do Estado.

De acordo com o Inmet, o acúmulo de chuva previsto pode variar entre 20 e 50 milímetros por dia. Embora o risco de alagamentos e deslizamentos seja considerado baixo, a recomendação é que a população esteja atenta às condições meteorológicas. O alerta começa a valer a partir da tarde desta terça-feira, 30 de julho, às 12h, e permanece em vigor até a manhã de quarta-feira, 31 de julho.

O aviso de queda de temperatura afeta principalmente o Sul do Espírito Santo, trazendo um resfriamento que pode alterar as condições de conforto térmico na região. Os moradores devem se preparar para o tempo mais frio e possível aumento na umidade do ar.