Política com equilíbrio

Ou teremos cegos conduzindo cegos.
Cegos guiando cegos (Foto: Reprodução/Facebook)

A política no Brasil e no Espírito Santo polarizado até agora só beneficiou os dois polos. O povo em sua maioria ainda não viu qualquer mudança benéfica que justificasse tanta loucura.

O clima, sempre histérico, dificulta qualquer diálogo entre os polos. Nascida para fazer frente à unanimidade bonapartista do PT, a direita tomava as ruas e cobrava uma série de mudanças como punição a corruptos e uma CPI da Lava Toga.

Com a vitória de Bolsonaro, em 2018, nascia o ‘bolsonarismo”, muito das agendas criada nas ruas foram perdendo-se e figuras insólitas foram renascendo com ar de caricatura e neo-direita, apostando no radicalismo para adquirir em tempo record credibilidade, os bolsominions, foram ocupando o lugar dos petralhas fomentados pela mesma postura : patrulhar o que podia e não podia ser falado, combatendo até mesmo criticas construtivas, extremamente saudável e fundamental para se corrigir rotas.

O problema é que como um corpo político de imensa quantidade de seguidores sem espaço para dialogar, onde pessoas ganham cada vez mais com a radicalização, alienando as pessoas por falta de espaços de esclarecimento e de correções de erros, esses erros vão se avolumando e a condução passa a se dar por caminhos perigosos, essa neo-direita capitulou pelos erros que juraram combater: o radicalismo político.

Para entendermos o cenário e a conjuntura eleitoral no Espírito Santo, fizemos esse recorte histórico para que possamos entender  a oportunidade da direita do PL  desse ano de 2024 que tem a grande chance de mudar o eixo político do estado, fazer o dever de casa e conduzir com sabedoria e inteligência o partido para um projeto moderado mas para isso necessita conduzir sem radicalismo as eleições que se avizinham, caso o contrário serão como cegos conduzindo cegos para um desastre eleitoral. Isso tudo pode ser facilmente evitado basta olhar com pragmatismo os espaços naturais que os mesmos poderão vir a ter nas composições eleitorais, hora de amadurecer, unir a direita ou servir de peça de desunião.

Todavia, situações como em Cachoeiro de Itapemirim onde um importante nome do PL faz nota pública de isolamento político dentro da agremiação e de outros atores isolados ou nos bastidores alinhados a forças estranhas a direita capixaba dão o tom de que algo não bate com o discurso.

Esse cenário de radicalizar no discurso e se conduzir de forma equivocada com a proposta do discurso vai minar e afundar a direita capixaba onde pretensamente o PL busca liderar ou ter importância, porém seu anacronismo e confusa liderança podem vir a levar os que neles confiam a vergonhosos resultados.

Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?

Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?

A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?

Cônsul romano Cícero contra o senador Catilina

“A opinião deste colunista não reflete, necessariamente, a opinião da RedeTV! Espírito Santo.”

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