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Conta de luz: mês de setembro com bandeira vermelha 2

Foto: Freepik

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), declarou na última sexta-feira (30), a bandeira tarifária vermelha patamar 2 para o mês de setembro. Este caso acontece pela primeira vez em mais de três anos.

O motivo para essa decisão é a previsão de que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas no Brasil ficarão cerca de 50% abaixo da média. Isso resulta em maiores custos para a geração de eletricidade, com um aumento de R$ 7,877 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Mais cedo, o Estadão/Broadcast já havia indicado que os operadores do mercado de energia estavam prevendo essa possibilidade.

O Custo Marginal da Operação (CMO) estimado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para a primeira semana de setembro é de R$ 277,76 por megawatt-hora (MWh), comparado aos R$ 94,25 por MWh da semana atual, representando um aumento de quase 200%.

A Aneel explicou que a combinação de baixa pluviosidade e temperaturas superiores à média histórica no país faz com que as termelétricas, que têm um custo de energia mais alto do que as hidrelétricas, sejam acionadas com mais frequência.

A bandeira vermelha patamar 2 não era utilizada desde agosto de 2021, quando foi decretada devido à crise hídrica. Em um despacho obtido pelo Estadão/Broadcast, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que “avaliações recentes” apontam para um cenário hídrico desafiador nos próximos meses.

O ministério está considerando diversas medidas, incluindo a possível ativação de uma termelétrica conforme o contrato com a Âmbar Energia, de 2021. No entanto, isso só ocorrerá após a análise final do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre os termos do acordo com a empresa do Grupo J&F.

No mês de julho, a bandeira tarifária amarela foi acionada pela primeira vez desde abril de 2022. Em agosto, com um cenário mais favorável, a bandeira verde foi reinstaurada, que não implica em cobrança adicional.

A Aneel destaca que, com a bandeira vermelha patamar 2, é crucial usar a energia elétrica de maneira responsável para evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e comprometem a sustentabilidade do setor elétrico.

A alteração na bandeira tarifária é determinada por três fatores: o preço de liquidação das diferenças (PLD), o nível de risco hidrológico (GSF) e a geração fora do mérito de custo (GFOM). Para setembro, os principais fatores que levaram à bandeira vermelha patamar 2 foram o GSF e o aumento do PLD.

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