O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que a retomada do horário de verão não ocorrerá em 2024. Apesar das recomendações do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) em setembro, o governo optou por não implementar a medida neste ano, citando uma melhora nas condições climáticas, especialmente em relação às chuvas e ao nível dos reservatórios das hidrelétricas.
A avaliação realizada pela pasta indicou que o cenário atual evita a necessidade de adiantamento dos relógios, prática que tradicionalmente ocorre entre os meses de outubro/novembro e fevereiro/março. Com isso, a possibilidade de reavaliação do horário de verão fica para 2025, quando o governo irá considerar se a medida deve ser reintroduzida.
Em suas declarações, Silveira destacou que, caso o horário de verão fosse retomado em 2024, haveria pouco tempo para que setores chave da economia, como a aviação, se adequassem às novas condições operacionais.
Além disso, a decisão também se baseia em novos estudos apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que indicam que a medida poderia trazer economias significativas. Em setembro, o ONS havia estimado uma economia de R$ 400 milhões com a adoção do horário de verão em 2024. Se a medida for reimplementada a partir de 2026, essa economia pode aumentar para R$ 1,8 bilhão por ano.
Com essa abordagem cautelosa, o governo busca equilibrar a necessidade de economia de energia com as condições do setor elétrico e os impactos econômicos em diferentes áreas. A decisão reflete um momento de atenção às particularidades climáticas e às demandas dos diversos setores da economia brasileira.