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Retorno do horário de verão será decidido nesta terça-feira (15)

O retorno do horário de verão será decidido nesta terça-feira (15) pelo Ministério de Minas e Energia. O ministro Alexandre Silveira se reunirá com a equipe técnica, em Brasília, para discutir a volta do horário de verão. Em declarações feitas na última sexta-feira (11), em Roma, Silveira afirmou que, “se houver risco energético, a prioridade será o horário de verão”.

Divisão de opiniões sobre retorno do horário de verão, revela pesquisa do Datafolha

Uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada na última segunda-feira (14), revelou que a discussão sobre o retorno do horário de verão no Brasil gera opiniões polarizadas entre a população. De acordo com os dados, 47% dos brasileiros são contra a reintrodução da medida, enquanto a mesma proporção defende seu retorno. Outros 6% dos entrevistados mostraram-se indiferentes à questão. O horário de verão, que foi extinto em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, está novamente em pauta devido aos potenciais benefícios que pode trazer à gestão energética do país.

A pesquisa, realizada entre os dias 7 e 8 de outubro com 2.029 pessoas em 113 municípios, apresenta um cenário de queda na aceitação do horário de verão ao longo dos anos. Em setembro de 2017, 58% da população apoiava a medida, percentual que caiu para 55% em 2021. Simultaneamente, a rejeição à medida aumentou de 35% para 38% no mesmo período, indicando uma mudança na percepção dos brasileiros.

Por que o governo considera voltar com o horário de verão

O governo brasileiro está considerando a reintrodução do horário de verão com base em estudos que indicam que a medida pode resultar em uma redução de até 2,9% na demanda máxima noturna, tanto em dias úteis quanto em finais de semana. Além disso, estima-se que a adoção do horário de verão poderia levar a uma economia de até 2,5 GW no despacho térmico durante o horário de pico, o que diminuiria os custos operacionais e contribuiria para a eficiência do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Durante uma coletiva na última quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que a volta do horário de verão poderia gerar uma economia de até R$ 400 milhões entre os meses de outubro e fevereiro. Ele alertou que, com o pôr do sol, cerca de 20% da energia gerada sai do sistema, exigindo ajustes adicionais, especialmente em períodos críticos.

Silveira afirmou que levará a recomendação para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outros ministérios, setores da economia e do poder Judiciário. Embora tenha descartado uma crise energética imediata, o ministro ressaltou a importância de pensar a longo prazo, com foco em 2025 e 2026, enquanto o governo se prepara para a possibilidade do retorno do horário de verão no Brasil.

A discussão sobre essa medida deve continuar a ser um tema central nas próximas semanas, à medida que mais informações e análises forem apresentadas.

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